sexta-feira, 26 de junho de 2015

Cyndi Lauper

Com seu estilo diferenciado, Cyndy se tornou uma das personalidades que mais marcaram a década de 80, como ícone na música e na moda, influenciando várias cantoras.



Com sua voz peculiar, feminina e alegre, ganhou admiradores em todo o mundo. Meninas adolescentes a copiavam em toda a América. A música ‘Girls Just Wanna Have Fun’ foi um hino de apelo à expressão de liberdade.


Cyndi fez aniversário no último dia 22 de junho, completando 62 anos. Quando perguntam sobre a sua idade, a sua resposta padrão é : “O que eu sou, um carro?” 


Cyndi também é um ícone do movimento LGBT, defensora pela luta para a igualdade de tratamento entre todas as pessoas, principalmente, pelos direitos gays. Mas, antes de falar nesse assunto, vamos conhece-la um pouco mais.


Seu nome verdadeiro é Cynthia Anne Stephanie Lauper. Ela tem uma irmã mais velha, Elen; e um irmão mais novo, Butch. Seus pais divorciaram-se quando ela tinha apenas 5 anos e sua mãe acabou tendo que se mudar.
Desde cedo, sua mãe a incentivou a ter independência e criatividade. Quando tinha 12 anos, Cyndi aprendeu a tocar um violão dado por sua irmã e começou a escrever suas próprias letras. 

Ela tinha um grande amor pela arte e música e tentava encontrar maneiras de expressar-se. 
Mesmo nesta idade precoce, ela começou a pintar o cabelo com cores diferentes e vestia-se com roupas radicais. 
Devido ao comportamento abusivo de seu padrasto, com 17 anos Cyndy saiu de casa planejando estudar arte. 
Sua jornada iria levá-la para o Canadá.


Em meados da década de 1970, Lauper realizou covers para entrar como vocalista entre várias bandas da área metropolitana de Nova York, mas, ela não estava feliz em cantar apenas covers. 
Em 1977, Lauper sofreu uma danificação em suas cordas vocais e ficou um ano sem cantar. Apesar de alguns médicos ter dito que ela nunca iria cantar novamente, em 1978, se recuperou da voz. 
Nesse período, Lauper conheceu o saxofonista John Turi. Os dois tornaram-se escritores e formaram uma banda chamada Blue Angel. Mais tarde, a banda faliu e ela ficou desempregada.



Então, começou a trabalhar em lojas de varejo em Nova Iorque para pagar suas despesas, enquanto ainda cantava em clubes locais. Certa vez, conheceu David Wolff, que se assumiu como seu empresário e posteriormente, ganhou um contrato com a Epic Records.
Em 14 de outubro de 1983, She's So Unusual foi lançado. O álbum tornou-se um sucesso mundial. Essa música alcançou grande popularidade no mundo inteiro e Cyndi se popularizou-se entre os adolescentes e críticos. 

 A canção "Girls Just Want to Have Fun", que também é desse álbum, se encontra na 120ª posição na lista das "500 Músicas que Moldaram o Rock and Roll", realizada pelo Rock And Roll Hall of Fame. 



Algumas curiosidades dessa música é que sua mãe aparece no clipe e Cyndi alterou a letra original da canção, que falava de uma mulher que queria agradar um homem e, portanto, ela mudou a letra, pois queria a música como um hino feminista.


Em 1986, é lançado o segundo álbum de Cyndi, chamado de True Colors.
Em 1988 é lançado o terceiro álbum: Night to Remember.
Em 1993 Cyndi lançou seu quarto álbum, Hat Full of Stars, que abordou tópicos como homofobia, abuso conjugal, o racismo e o aborto.



A cantora se casou com o ator David Thornton, no dia 24 de novembro de 1991, em uma cerimônia discreta. Sua avó de 91 anos foi a dama de honra. O bolo de casamento era a réplica da Torre de Pisa.
Ela tem um filho único, o adolescente Declyn Wallace, que nasceu em 
17 de novembro de 1997.



Declyn Wallace em foto mais recente

Em setembro de 2012, Cyndi lançou sua biografia: "Cyndi Lauper: A Memoir". Em 12 de setembro, ela twittou: “Não estou acreditando, mas o livro de memórias é o número 25 na lista dos mais vendidos do NY Times. Espero que minha história inspire outras mulheres a contar sua história.”



A cantora é um dos símbolos na luta por direitos LGBT. Nos últimos 30 anos, colaborou com inúmeras campanhas em prol da causa.


 A Fundação True Colors foi co-fundada por Lauper para inspirar e envolver a todos, especialmente as pessoas héteros, a se tornar participantes ativos no avanço da igualdade entre gays, lésbicas, bissexuais e transgêneros e da sensibilização para pôr o fim a discriminação e a quantidade imensa de pessoas desabrigadas por se identificar como jovens gays, lésbicas, bissexuais e transgêneros. 




Além de fazer tours em que parte do dinheiro arrecadado era doado para a Campanha de Direitos Humanos, Lauper também advogou contra a homofobia e a transfobia e, inclusive, esteve presente na Casa Branca quando o Presidente Barack Obama assinou o Ato Preventivo contra Crimes de Ódio. Nele, os ataques cometidos contra uma pessoa por causa de sua orientação sexual ou identidade de gênero, se tornaram, por lei, reconhecidos como crime de ódio e passíveis de punição segundo tal legislação.



Em uma carta divulgada no site oficial do seu projeto, Cyndi ressalta a quantidade de jovens gays que necessitam de ajuda. “Na cidade de Nova York, um número desproporcional (mais de 40%) de jovens desabrigados são identificados como LGBT. Esses relatórios são ainda mais assustadores pois esses jovens frequentemente sofrem discriminação e até mesmo abusos físicos nos muitos lugares que procuram por ajuda. Isso é chocante e inaceitável!”



Recebendo uma premiação nesse mês de junho de 2015, no Songwriters Hall of Fame

Em um comunicado, Cyndi Lauper chama atenção para essa realidade que, infelizmente, é percebida em várias partes do mundo: "Jovens estão se assumindo em números maiores na medida em que eles se vêem aceitos e representados na TV e em filmes, mas eles ainda são expulsos de suas casas ou fogem para viver nas ruas. Precisamos ter certeza que tomaremos conta deles".


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