quinta-feira, 6 de agosto de 2015

Conheça a atriz mirim que é criada por um casal homoafetivo

Em 2012, quado a novela Avenida Brasil estava sendo exibida na Globo, a garotinha Ana Karolina, que interpretava a Ágata, concedeu uma entrevista a revista Contigo, onde divulgou que é criada por dois pais; seu tio biológico, Fábio Lopes, e seu companheiro, João Paulo Afonso. 

Ana Karolina foi abandonada pelo pai biológico e ficou órfã da mãe Liane Lannes, aos cinco anos, devido a um AVC. Desde então, seu tio ficou com a guarda dela. Fábio Lopes é comissário de bordo e João Paulo Afonso é dermatologista. Foi Fábio que a incentivou desde cedo para ela seguir a carreira artística.


Confira trechos da entrevista para a revista Contigo:

Quais lembranças tem de sua mãe?

Ela usava roupas justas, adorava esmaltes vermelhos. Lembro-me de que lia histórias para mim na casa da árvore feita pelo meu padrasto (Antônio). Como vivi pouco tempo com ela, não sofri tanto como minhas irmãs (Letícia, 22, e Juliane, 30).

Como foi a adaptação com seu tio? 


Não o conhecia. Tive medo. A Veridiana, uma afilhada da minha avó (Tereza), que era como se fosse uma mãe para mim, veio morar comigo em São Paulo até eu me acostumar. Depois que começamos a criar uma relação afetiva e vi suas atitudes como pai, a adaptação foi fácil.



Como é ser criada por dois pais? 

É tranquilo. Eles têm atitudes normais de pais: educam, repreendem, dão amor, carinho, ajudam quando preciso me arrumar...



Quem é mais durão em casa? 

O tio João. Ele é turrão. Quando fala algo, não cede. Agora, o tio Fábio é maleável. Consigo dobrá-lo facilmente (risos). Sou um pouco respondona. Mas, toda vez que brigo com meus pais, peço desculpas."





Atualmente, com 15 anos, Ana Karolina, que está longe das telinhas há 3 anos, disse que está com vontade de retornar. Nos últimos três anos, ela cuidou melhor da alimentação e pratica exercícios físicos com frequência, o resultado é que está mais em forma. Também está com um projeto de um livro, abordando principalmente como é ser criada por dois pais. 

Em 2012 e atualmente



Apesar de muito jovem, ela demonstra ser bem madura em relação ao preconceito. "Devo até ter sofrido, mas foram coisas tão insignificantes... Desde pequena meus pais souberam me explicar a situação. Sempre fui muito indiferente às pessoas que faziam piadas sem graça. Muitos acham que podem me julgar por eu ser uma pessoa pública, acham que têm direito sobre a minha vida, mas isso passa. Eu quero muito seguir a profissão e faz parte ter que lidar com essas coisas", finaliza. 
Uma relação pautada no amor e no respeito vence qualquer preconceito.

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